Postagens
SOBRE O PROJETO
A Casa da mãe Joana é a minha resposta possível, proposta
ao território de Caldas da Rainha,
concebida no sentir, gestada na pesquisa e que aqui se apresenta nascida, enquanto projeto. Ela nasce enquanto casa, por ter sido busca por um lugar onde a construção de pontes seja possível e abre sua grande janela para outros mundos, ideias e experiências.
Nela proponho esse lugar.
Tudo neste projeto foi pensado para que ele fosse
“fazível”. Então a proposta era que ele acontecesse, mesmo que para isso fosse necessário que adaptações fossem implementadas.
Dentro de um cenário utópico
era realizável orçamentar tudo e chegar a valores
impossíveis de serem levantados, mas qual seria, desse modo, a chance de
ele se concretizar? Então, como a
boneca do texto teatral de Almada Negreiros, foi preciso que esse trabalho
fosse assim, “feito aos
poucochinhos”,
“Fui feita aos poucochinhos. Ela não podia estar sempre a tratar de mim...
era só àquelas horas, depois
de estar tudo pronto... Quando não havia mais nada que fazer... então, é que chegava a minha vez!... Mas não era
porque ela não me quisesse e muito, mas as outras coisas não podiam ficar por fazer...
não achas? Era justo, eu
estava depois das outras coisas... No fim de tudo, logo a seguir, era eu!... Mas quando chegava a
minha vez, tu não imaginas, Boneco, a alegria
que ela trazia nos olhos!!! Via-se perfeitamente que não tinha pensado noutra
coisa!...” (Negreiros, 2017)
Desde 2020, mesmo durante a pandemia, a casa foi sendo construída com a participação de muitos braços e aqui se
mostra para que todos
possam entrar.
Cada voz ouvida, de alguma forma hoje
constrói as paredes dessa morada.